terça-feira, 29 de setembro de 2009

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O amor não é algo que se exija. Não creio muito quando dizem que pode-se conquistar alguém com o tempo. Isso tem tudo para durar o tempo de um suspiro. Temos que estar com alguém não por conveniência ou costume. Tem que haver pernas trêmulas, corações acelerados, mãos suadas, vozes inseguras que falham. Aí sim pode-se começar. Ou, ao menos, se for o contrário, se não houver emoções tão fortes, que seja honesto, que esteja claro, que possua respeito. Ou pode ser diferente. Mas tem que ser verdadeiro. Paixão verdadeira, tesão verdadeiro, amizade verdadeira. Amor, honestidade e respeito, vou fazer uma tatuagem.






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Apoio técnico: Rapha Barros

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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Eu não existo. Sou uma máquina de palavras geradas aleatoriamente por um computador. Os sentimentos não são nada além de funções logarítmicas que me fazem pensar o que convém a todos e a ninguém. Mas algo deu errado. Me apaixonei. Pior, estou amando. Melhor, estou amando. Existe uma cura? Continuarei com as minhas impressões, fabricando discursos vazios, sofrendo calado por uma crença que me incrustaram na alma, se é que tenho uma.





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domingo, 13 de setembro de 2009

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Fiquei pensando em se estava bem. Talvez não muito bem, mas bem. O motivo de não chegar ao muito, neste momento, pensei, é que a vida muitas vezes nos reserva o futuro da maneira como ela quer que este seja conduzido, e que nem sempre concordamos com o caminho. Temos o pequeno pensamento de que sabemos o que é melhor. Penso que contra injustiças devemos lutar. Contra pobreza, tanto financeira quanto espiritual, também. E lutemos pela evolução da sociedade, da bondade, do amor, da tolerância, das relações, das boas relações. Lutemos pela natureza. Mas contra situações cotidianas não podemos. Há coisas que não devem ser, simplesmente porque não devem. E agora, em um exercício para relembrar várias situações, percebo que não há muito o que se fazer. Talvez assim seja o melhor mesmo, e confio, porque acredito, que a vida nos encaminha da melhor maneira possível, com as ferramentas que lhe apresentamos. Todas as vezes que teimamos em fazer o contrário, mesmo sabendo que este é o contrário, o caminho torna-se complicado e difícil. Por isso, vamos ouvir o tango de Manuel Bandeira, enquanto esperamos por outro pneumotórax.







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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

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Existe realmente um modo de fazer revolução no Brasil? Me pergunto isso a cada noite, e às vezes de manhã também. Qual seria a revolução ideal para um país que tem como uma das suas características mais bonitas a pacificidade. Contudo, esta vem acompanhada, talvez não no mesmo carro, da passividade. Então reside aí minha questão: como sair de uma sem que a primeira seja abalada, pois ela é, realmente, muito bonita, sabemos disso. Alguns autores dizem que a corrupção é algo que está arraigado dentro da nossa população, e ela dificulta sobremaneira a melhoria de vida das pessoas. O egoísmo, transformado em individualismo, também aparece como obstáculo dentro de uma busca. Mas como vamos mudar isso? Que revolução seria possível para que tenhamos um mundo mais justo? Revolução interior, isso é fato. Revolução esta que transformará as atitudes em algo sem consequências ruins. Me perco toda vez que começo a escrever sobre o assunto, o que revela minha total ignorância acerca de como fazer para amplificar a mudança. Enquanto isso vou fazer a minha parte. Tento dar amor às pessoas, atenção a elas, confio em todas que não me provaram ainda o contrário. Cuido da natureza. Divido meu dinheiro com quem não possui. Trabalho com o que gosto, faço o que gosto. Amo fazer o bem às pessoas. Amo ajudar as pessoas do meu dia-a-dia. Gostaria de saber fazer mais. Não tenho um guru, e talvez isso, apesar de me deixar um pouco perdido, acentue a minha autenticidade. Não sei se as pessoas deveriam ser como eu, mas deveriam ser corretas. Não dentro de um código pré-estabelecido, mas dentro das premissas do amor; amor ao ser humano. Talvez a grande revolução seja esta para nós brasileiros, a revolução interpessoal, revolução das relações interpessoais, melhor dizendo. Uma das ferramentas que existe é o amor, mas pode-se utilizar outras, de acordo com as aptidões individuais. Sejamos honestos conosco e com o mundo. Creio que esta seja a única revolução que é viável e que não trará outros tantos problemas quanto esses que estamos querendo resolver hoje, e que precisarão de uma outra revolução para saná-los.
Agora, como faremos isso? Como faremos? Como?
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

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Me gostaria muito lembrar de escrever. Não para você, sobre. Uma coisa, não consigo te encontrar, há tempos. Assim, não me lembro da sua beleza, do seu sorriso. Não me recordo da meiguice, da transparência, ou do seu sorriso. Não há comigo fotos de chegadas ou partidas. Pior, não tenho o dia em que te conheci. A televisão perdeu as cores que havia ganho. Estamos em um bairro da década de 60. Ainda ando, só, pela calçada, fazendo força para encontrar algo que não sei bem. Não. Nunca houve nada que não fosse subjetivo, uma sensação. Afinal, descubro, devemos viver para esta, e não para o jeans. Paro no meio de uma rua sem ruídos, carros, pessoas. Somente a cidade me observa. Fecho os olhos e eles ganham lágrimas. A pele sente apenas o frio e o calor, juntos. Ainda não me lembro de você, mas sei que meus olhos brilham quando a vejo e, da boca um sorriso teima em sair sem que eu saiba o motivo.
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Documentário Parque Estadual Serra do Mar Núcleo São Sebastião

Como diz o samba do Salgueiro de 2024, "falar de amor enquanto a mata chora é luta sem flecha da boca para fora".