segunda-feira, 10 de maio de 2010

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A melancolia sempre visita minhas linhas. Aliás, nossas linhas. Vem acompanhada de uma tristeza, uma tristeza quase sempre boa. Imagino que sem elas não escreveria qualquer página deste um livro. A capa maleável e as folhas duras. O papel não é especial, mas sim o mesmo que se encontra aos montes no Lapa 856-R. Próxima parada: Estação Sumaré. Pronto, chegamos ao destino, ao início, à tristeza e à melancolia. Um campinho de terra, uma quadra rachada. Tubos de esgoto sem esgoto, pontes com luas lhes contornando. Noites famintas. Olhos brilhantes. Amigos que só podem nos olhar de cima, seus corpos tão fundo. Lágrimas que correm sem autorização, pecados cometidos, sorrisos que valem todas as crianças juntas. Memórias, memórias, memórias. Olha aí.




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Documentário Parque Estadual Serra do Mar Núcleo São Sebastião

Como diz o samba do Salgueiro de 2024, "falar de amor enquanto a mata chora é luta sem flecha da boca para fora".