quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"












Na madrugada empapada de suor, com o sono que se foi, vou ler em argentino. Não gosto do espanhol. Procuro e encontro muita paz para meu coração. Penso que deveria ler mais poesia, pois os poetas já sofreram muito, podem nos ensinar. Mas será que aprenderemos? Ou precisamos pagar todas as promessas para perceber que o caminho é a própria recompensa? Os escritores ainda não me contaram nada sobre isso, apenas como era São Paulo antigamente. Gostaria de sair pela Avenida Paulista rodeada de árvores ainda. Um dia andarei, e me lembrarei que os carros antigamente eram tão bonitos... Costumamos mentir assim mesmo.





..."

3 comentários:

Sara disse...

e os carros antigos são mais bonitos, muitas vezes o antigo é bonito, mas temos a dura tarefa de ir em frente, mentindo as vezes, e falando a verdade quando for conveniente...abraço

Anônimo disse...

'empapada'... que palavra estranha... hehehe
2B SES

KK disse...

talvez uma palavra de poetisa não signifique nada...
"lá do meio das águas,
percebo:
há vida pungente.
há um homem
com uma boca enorme.
e a antropofagia já não há.
come-se o outro
não como reinvenção;
regurgita-se cimento e seca
e o homem-bicho
se vai
o não-inventado é o que se esvai
o que se perde.
e aqui, de dentro d’água
um peixe voador come
uma tainha recém-nascida.
pura vida pungente."

Documentário Parque Estadual Serra do Mar Núcleo São Sebastião

Como diz o samba do Salgueiro de 2024, "falar de amor enquanto a mata chora é luta sem flecha da boca para fora".