terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

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Eu fiz o que não deveria. Certamente te magoei. Prefiro a dor de todos os czares russos à sua indiferença. Mas se eu errei foi por te amar demais. Não acreditava quando me diziam isso, mas hoje posso ver que não tentavam se justificar. O amor teve o poder de colocar um outro ator em meu papel. O será que este é o verdadeiro? Talvez eu só consiga ser eu quando te amo? Responda-me, por favor. Não. O silêncio da sua voz me leva à percepção de que sou surdo. No mundo há dois tipos de pessoas: as tristes e as que te conhecem. Não posso acreditar que alguém seja de todo feliz se não a tem no sofá. Eu penso que estou enlouquecendo. Tento apertar alguma mão mas vejo que meus vizinhos já se foram, há muito tempo. O que farei? Ainda não ouço nada. Mas minha natureza pede que continue assim, se eu voltar a escutar, voltarei a vê-la triste. E sempre será assim. Ao menos tenho uma música na minha memória, e a canto todos os dias. "Serei, serei, será"...



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Como diz o samba do Salgueiro de 2024, "falar de amor enquanto a mata chora é luta sem flecha da boca para fora".