terça-feira, 20 de janeiro de 2009

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Me sinto com a inexperiência de um velho no fim da vida. Confusões de sentimentos varrem minha mente, e, pior, meu coração. Uma mistura de alegria do encontro e tristeza do partir, medo de estar apenas uma vez ao contrário de toda uma vida. Os objetivos de um não concordam com os da outra. Não estou em quase nenhum dos seus planos. Só os da semana que vem. Não me enxergo mais sem ter você no meu café-da-manhã, mas duvido se suporto um minuto a mais disso. O meu peito está cheio, quase explode, tamanha angústia. As flores já não aparecem em tantos sonhos. Ao menos não a mais bela. Acordado a vejo em outros jardins. Quanto egoísmo, se pudesse mudar o mundo começaria por mim. Tiraria esse amor que tanto me consome, que tanto me faz sonhar, que tanto desejo, que tanto tenho pela metade, que tanto gostaria, que tanto me fez mudar em um dia e me tranformou na melhor pessoa, que tanto, que tanto. No dia seguinte já não era mais eu. Me viro para esta estrada que me leva a outra vida que não é a minha. Sigo por um caminho que tem como combustível apenas o amor, este que sempre imaginei ser o mais seguro meio para se chegar à felicidade. Triste impressão. Ao menos amo. Não como gostaria, mas amo. Seria o suficiente? Não sabia, hoje sei, amanhã também. Também? ...


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Documentário Parque Estadual Serra do Mar Núcleo São Sebastião

Como diz o samba do Salgueiro de 2024, "falar de amor enquanto a mata chora é luta sem flecha da boca para fora".