quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

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Quem bate depois beija.
Quem cega depois olha.
Quem vai querendo não ter ido,
Voltando sem ter escrito,
Deitando sem dormir.
Que vida estranha essa
Depois desse encontro.
Do encontro.
De encontrar.
Um teto, um lar.
Sem testemunhas, predileção,
sentimento direito, coração.
Que vida, que me intriga,
Me faz pensar em ontem e amanhã,
Me esquecendo do hoje.
Hoje conheço alguém,
Alguém que me ensina.
A mesma condição para que os olhos
Vejam sempre a mesma forma,
O paraíso,
O rei do riso.
Me toma, me guia.
Muito prazer,
Ana Maria.





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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

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Para onde foi o sono? Para onde está indo meu emprego? Tenho um prazo de validade, e este vencerá antes de eu conseguir montar meus pedaços. Terei que recomeçar, mais uma vez. Naquele dia eu fui embora por pensar que não me queria por ali. Depois do dia mais feliz de todas as vidas juntas, depois disso. Vim e recomecei. Agora, apesar de ter feito várias estrelas brilharem, elas morrerão. E recomeçarei, novamente, sempre te amando. Já sei que não há a opção sem você. Mas não haverá outro dia mais feliz da vida de todos. Chego perto e o escuro visita todas as formas que não são as do seu rosto. O calor e o frio voltam a me castigar. A mente, que sempre trás respostas, agora só tem perguntas. Por quê? Porque...





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(Foto: Siabate)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

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E me pergunto novamente como consigo estar mais longe que um sorriso. E me pego novamente com a certeza que teima em virar dúvida. E novamente sinto tudo aquilo que não vem em nenhum outro dia da semana. E te aperto, você sorri. Te deixo só, e me sinto mais do que todos os sós juntos, mesmo sabendo que desta maneira estes não estarão mais. E percebo, mais uma vez, que o mundo pode ser tão fácil ao seu lado, mas ficar assim é sempre tão difícil. Torço pelo hoje. Vou dormir, para que o amanhã chegue. Morderei o seu dedo, mas não juro. Mas não juro, por toda a minha vida.




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sábado, 5 de dezembro de 2009

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Sou feito de emoções, tenho cor no meu cabelo. Seguro o corrimão sem encontrar verdadeiramente um chão que me faça caminhar. Enquanto isso, volto para meu caderno, onde sou o personagem principal de uma história, a da minha vida. Por mais que queira escrever com um estilo copiado de algum autor que li em algum lugar, devo me concentrar em ser fiel a tudo o que já vi. E o tempo me levando com ele. Desde o início sempre foi assim, o tempo, os sóis, o vento mexendo com os cachos de todos nós, ao mesmo tempo, sem se preocupar com um final. Quando acabar, o que seremos? Nada mais que o companheiro de um tempo que na verdade nem existiu.





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Documentário Parque Estadual Serra do Mar Núcleo São Sebastião

Como diz o samba do Salgueiro de 2024, "falar de amor enquanto a mata chora é luta sem flecha da boca para fora".